ITACARÉ - BA

Estamos em Itacaré há 15 dias, chegamos tranquilo, conseguimos entrar pelo canal estreito sem nenhum problema, e ancoramos na frente da igrejinha; fomos à praias , demos um rolê, Thiago reencontrou um amigo de infância, tudo ótimo, e no terceiro dia nossos novos amigos do Acãua, Webber e Miriam que conhecemos em Ilhéus vieram nos encontrar...
Muito legal; até que uns 2 dias depois começou a chover, então choveu 1 dia inteiro (24 horas) sem parar e mais um dia intercalado, então, Itacaré começou a nos preocupar; pq estando ancorado em um rio, sofremos com as "Baronesas" que são verdadeiras ilhas de plantas que descem o rio após as chuvas e podem se enroscar nos barcos e carregam ele por causa da sua força contra o barco ou cabo. Podem não, se enroscam de verdade; primeiro foram nossos amigos do Acãua que foram levados e só pararam no banco de areia antes de chegar na arrebentação do mar; deixando nós na maior aflição mas nada poderia ser feito, teriam que esperar a maré encher para o barco desencalhar pq nosso barco e esses pesqueiros ao nosso redor não teriam forças para reboca - los. Na madrugada da maior chuva havia uma lancha em uma poita ao nosso lado e essa virou sucata, foi arrastada pela correnteza e parou no mar, uma grande história e um lamento gigante, Thiago e Webber tentaram ajudar quando ela estava ainda inteira na beira daagua mas a arrebentação acabou com ela.
As baronesas e a chuva nos deram muito trabalho já que estamos tbém com nossos amigos que tem calado 1,70 e não podem ficar mais protegidos agente ficava na prontidão para ajudá - los , a gente colocou o Kahuna perto da praia e fora da correnteza, ficamos um pouco mais calmos, essa é uma das vantagens de estar em um Catamaran, vc pode amarrar ele em uma arvore se quiser. E graças não fomos levado pela baronesa nenhuma vez, pq não saberíamos como o Kahuna iria se comportar, já que ele é mais aberto que todos e ainda não tem calado para encalhar em nenhum lugar; mas Deus sabe o que faz pq do jeito que eu sou medroza , já não estaria a bordo.
Se não bastasse as inumeras ancoragens, as inumeras escapadas das ilhas, e a tensão de não poder mais deixar o barco sozinho e ficar de olho nas marés e lua, acabará de chegar um barco de mais ou menos 50 pés Tangaroa I que veio de Noronha e ancorou do lado esquerdo de quem entra na ponta do Xaréu; Thiago foi lá alarma -los mas 3 horas depois eles já estavam sendo carregados pela baronesa e quase que foram parar na arrebentação e pedras; então perderam a âncora, o cabo de 1 polegada arrebentou, maior aflição de ver um barco grande sem controle, mas graças a Deus deu certo e eles reancoraram, agora próximo ao barco Acãua no meio do canal, iriam esperar para tentar no outro dia recuperar a âncora; mas no outro dia esse mesmo barco foi de novo carregado pela baronesa, era umas 21 horas e dessa vez foi parar no banco de areia que os nossos amigos pararam da primeira vez, então teriam que deixar a maré subir aí pelas 4horas da manhã para sair, pois o barco era impossivel ser puxado de lá. - De novo!!! Muito chato e perigoso esse campo minado, então foram embora...Nós, estamos aqui, depois de 10 dias com as baronesas descendo sem parar, hoje elas não aparecem há 3 dias, ufa!!!!  mas é provável que amanha iremos para Camamu, após recuperada 2 ancoras que o Acaua havia perdido e o vento nos favorecer.
 Itacaré é lindo mas dessa vez não conseguimos aproveitar, então como estamos de barco precisamos ficar tranquilos e poder sair quando quiser, senão não tem graça, nós que estamos de Catamaram cujo calado é de 0,5 talvez voltaremos, pq as baronesas só aparecem em Dezembro. Viver a bordo é viver sobre a influência da natureza muito de perto e a toda hora, é preciso dar muito valor a sua força e respeitá - la sempre; graças a Deus estamos todos muito bem e felizes nessas experiências inesquecíveis...

 Bjus a todos que nos acompanham e em especial aos nossos pais (Cléo Marino e Rosmari (Jú)) e (Othon e Maria Thereza ( Thiago) )para não ficarem de cabelo em pé, pq isso faz parte da aventura.