quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VIVA A BAHIA!!

Chegamos na Costa do Dende e da agua de Côco!!
Antes de seguir, falando da nossa viagem, já que já estamos em Itacaré - BA, quero falar um pouquinho de Caravelas - BA; a primeira cidade da Bahia que a gente chegou, tirando Abrolhos, já que se trata de um Arquipelágo.

A cidade de Caravelas está localizada à 870 km de Salvador e a 350 milhas, a cidade fica entre o rio Caravelas que encontra o mar, a ancoragem é no rio, uma ancoragem segura levando em consideração as marés. A cidade é de 1503, e realmente parou no tempo, as coisas são muito simples, e as pessoas mais ainda, encontramos pessoas com o coração de ouro e que com certeza ficarão na nossa memória; 
Quando subimos ("tirar da agua") o Kahuna na praia do quiitombo para fazer os devidos reparos, chegando lá , logo fomos presentiados com água de coco, guaimuns (parecido com carangueijos), cajú, pitangas, e um sorriso largo no rosto de pessoas curiosas e que queriam nos ver; realmente parecia estarmos descobrindo as terras, muito boa troca; na real quando a gente chega nessas pequenas cidades parecemos um pouco "Ets";

Na praia do quitombo, é legal ficar pq é sucegado para trabalhar no barco  e ainda tem segurança 24hs e água potável; pq lá se encontra um projeto de proteção das Baleias Jubarte em Abrolhos.
Então, neste lugar conhecemos um pouco mais do trabalho feito em  Abrolhos e do trabalho do pessoal que trabalha no Parque Nacional, já que Caravelas é um dos pontos  de saida mais importantes para visitar o Arquipelágo de Abrolhos e o parcel das paredes e que esta entre os 10 primeiros lugares do mundo  mais requisitados pelos mergulhadores.
Reza a lenda que Américo Vespúcio anotou em sua carta de navegação "Abre os olhos"aqueles que fossem se aproximar das 5 ilhas do arquipelágo (Ilha Siriba, Guarita, Sta Barbara, Redonda e Sueste), por causa dos cérebros - cabeças de coral que erguem se e são difíceis de detectá - las, e pelas peculiaridades de Abolhos, acabam virando armadilhas para as embarcações. Há muitos naufrágios em Abrolhos.

Agradeçemos o pessoal desse grandioso projeto e que são nota 10, Barbara, Gal, Marquinho e Edinho; háaaaaa!! Só faltou a famosa Bernardate, fica pra outra vez.
Passei o meu aniversário (13 de novembro) em Caravelas, só agradecendo...e feliz mas infelismente como não sou uma eximia velejadora deixei o Thiago (grande Capitão) sozinho e fui ver uma amiga em Porto Seguro e  depois de 2 dias encontra -lo em Ilhéus. Obrigada por tudo Juliana Castilho, foi ótimo.
Agora é aproveitar 100%, já que é provável que paramos em Salvador e iremos vender o barco ...mas esse assunto se acontecer fica pra depois , por enquanto curtam nós por aí...com esse povo simpático, amigo e que sorri com a alma.
bjus
Obs: se a internet ajudar colocarei algumas fotos logo mais...


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Travessia Caravelas - Ilhéus - Itacaré



Ficamos em Caravelas cerca de 10 dias. Arrumamos o que deu no barco, um "carpinteiro naval" fez um serviço "meia boca" mas diminuiu bastante o a agua que subia no cockpit e fixou o paiol para que nao se mova com o bater das ondas.

Conheçemos um senhor chamado Ernesto, argentino que mora em seu barco em angra dos reis. Ele estava levando um veleiro chamado CRONO, de Angra dos Reis para Salvador. Decidimos seguir juntos para Ilhéus quando fosse a hora.

Ele estava tão agoniado em ir embora de Caravelas que pensou em seguir motorando contra o vento, mas foi desaconselhado pelo pessoal local.

Quando a previsão indicava um vento de sueste, levantamos ancora e seguimos em direção a Ilhéus. A Ju decidiu não ir nessa perna e foi de onibus para Ilhéus.

Então lá fui eu sozinho, a velejada foi tranquila, levou em torno de 40 horas com mar calmo e vento de 10 nós pelo travez. 
Em ilhéus o mar mexe muito quando é vento de Norte,Nordeste e na maré seca, o mar cresce bastante no ancoradouro. Por esse motivo não viamos a hora de zarpar para Itacaré logo.

No segundo dia, chegou um veleiro chamado Acauã, de um casal muito bacana, que logo ficamos sabendo estavam de aniversário, fazendo 14 anos que moram abordo. Ficamos amigos e combinamos de passar um tempo ancorado em itacaré.
O veleiro Acauã estava em Santo André, perto de Porto Seguro e em sua viagem para Ilhéus, teve uma avaria no stay de proa e quase perdeu o mastro.
O iate clube de ilhéus ajudou ele a conseguir a peça novamente e no dia seguinte de nossa partida ele também partiu em direção a itacaré.
O Ernesto do veleiro CRONO zarpou junto conosco e seguiu direto para Salvador chegando lá 24 horas depois de zarpar de ilheus.

No momento estamos em itacaré ancorado dentro do Rio de Contas, nos 2 dias  seguintes a nossa chegada, ja rolou um surf legal com ondas rápidas e tubulares. Devemos ficar um bom tempo por aqui, uma vez que tem tudo que precisamos por perto.
Nossos novos amigos do veleiro Acauã estão ao nosso lado e volta e meia rola uma confraternização.



sábado, 23 de novembro de 2013

Travessia de Vitória à Abrolhos e Caravelas



Em Vitoria fomos bem recebido pelo iate club e os marinheiros que trabalham lá que não mediram esforços para nos ajudar no que precisasse.
Por causa dessas pessoas que estamos conheçendo ao longo do caminho, resolvemos criar uma pagina no blog dedicada a elas, essas pessoas do mar que nem sequer nos conheçem mas nos acolhem e nos ajudam como se fossem amigos de longa data.

Saímos de Vitória de manha, lá pelas 07:00 com a intenção de chegar em Ilhéus, uma travessia entre 3 a 4 dias no mar.

O vento era Leste-Sudeste e as ondas estavam de Nordeste / Leste, sabia que seria uma navegada dura pois o rumo que seguiriamos nos colocava em um anglo de 90 a 60 graus do vento e das ondas, em outras palavras, 4 dias balançando bastante.
Saímos do iate clube de vitoria e o mar estava muito ondulado, até sair do porto as coisas estavam tensas, a ju nem piscava, o bote pulava querendo voar pra fora do barco com o balanço das ondas. Assim que estavamos no mar as coisas melhoraram um pouco, mas não muito, segundo a Ju.
Seguimos assim por quase 2 dias, no segundo dia as ondas cresceram e batiam tão forte embaixo do cockpit que um dos paiois foi torcido e teve a madeira que suporta ele preso naquele lugar quebrada.
Começei a pensar que se a condição continuassem a piorar as avarias poderiam ser ainda piores.
As ondas que viam pelo traves (vindo de Leste) as vezes se misturavam com as ondas de NE (vindo de nordeste) e formavam um triangulo atingindo o kahuna pelo lado de Boreste, molhando tudo e todos. Em alguns momentos, quando tentava fazer a navegação, mesmo com a gaiuta fechada, uma cachoeira de agua caia em minhas costas, molhando a mesa de navegação.
Decidi que iriamos para em Abrolhos pra descansar e avaliar a situação, depois continuariamos a nossa rota para ilhéus.
Quase chegando em abrolhos, aproximadamente 3 milhas, uma onda bateu com tanta violencia embaixo do passadiço de Bombordo que ele foi arremessado para cima, danificando a ligação da luz de navegação que fica em cima do mastro, e então ficamos sem luzes de navegação.

O fundeio.
Pierre Blancpain em Buzios já havia me falado que abrolhos não é muito abrigado dos ventos do quadrante Leste, pois  era esse vento que estava presente quando chegamos em abrolhos!
Lançei ancora no lado norte da ilha Santa Barbara, a primeira ancora não unhou o fundo, então lançei a segunda ancora, e mais cabo, agora estavamos ancorado.
Fomos dormir e no dia seguinte fui avaliar a situação das avarias e o levantamento foi o seguinte:

Paiol Quebrado e entortado
Um dos compartimentos do casco de BB está com água, para meu total espanto.
Leme de BB começou a apresentar pequenas rachaduras. De tanto levar porrada das ondas.
Passadiço de BB teve a base onde é amarrado, arrancado com parafuso e tudo.
Luz de navegação

Porcausa do segundo item, resolvi ir para caravelas consertar o barco.
Mas na hora de suspender ancora adivinhem. Veio só o cabo. Perdi uma ancora.! Quando puxei a segunda, não vinha. Droga, vou ter que mergulhar.
Me preparei e fui, estavamos a 7 metros de profundidade, não consegui chegar lá embaixo mas consegui ver a situação da ancora, devido a tamanha visibilidade da agua em abrolhos.
A amarra estava enrrolava na cebeça de um coral, e estava quase puindo. Mais um pouco e eu estaria sem ancoras.  Pensei comigo.  Fu@#$*. Vou perder as ancoras.
A sorte é que havia um navio balizador da Marinha e pedi um apoio para eles. E por sorte também haviam lá 2 guarda vidas megulhadores que se prontificaram em nos ajudar mergulhando lá e safando a primeira ancora e recuperando a segunda que já havia sido perdida. Temos a agradeçer a marinha do brasil mais especificamente o Comandante do Navio balizador Tenente Boanerge que liberou o pessoal pra nos ajudar e lógico os mergulhadores.

Com as ancoras novamente a bordo, seguimos para Caravelas navegando cerca de 6 horas para chegar lá. Chegamos bem e ficamos ancorado na frente do Pier da cidade.

Lá conhecemos todo o pessoal que trabalha nos catamarans que fazem a travessia para visitar Abrolhos.
Horizonte aberto, Andarilho, Netuno e Zeus são  os barcos que  levam o pessoal pra abrolhos.
O Dito um cara nota 1000, capitão do Horizonte aberto que nos deu todas as dicas de caravelas, inclusive nos levou a um lugar chamado Quitongo, onde nós poderiamos encalhar o Kahuna na mare baixa.
Show. Valeu Dito